sábado, 28 de novembro de 2009

O legítimo se tornou genérico

Considerado um dos maiores escritores do século, C. S. Lewis escreveu "Cristianismo puro e simples" . Estou a cada dia mais fascinado pela simplicidade que Lewis trata o Evangelho.
Ontem quando voltava do trabalho, como estava em pé dentro do ônibus não pude continuar lendo tal obra, sendo assim, quando dei por mim estava refletindo sobre a leitura quando de repente me veio uma máxima: " Este livro trata do evangelho muito genéricamente...". Mas graças ao bom Deus, instantes depois comecei a crer que não era bem assim.
Se o versículo 16 do Terceiro capítulo do Evangelho de João é considerado o texto áureo por se tratar do amor de Deus para com a humanidade, creio que o caminho de volta se encontra em Mateus 16:24, onde este mesmo Deus já em forma de humana, afirma que se esta humanidade quiser o seguir terá que abrir mão de algumas coisas "humanas".
Estes dois versículos tratam com simplicidade sobre as maiores premissas do evangelho, afirmam que para sermos alcançados pela graça expelida no maior sacríficio que o Mundo já presenciou, devemos realizar o maior sacrifício que só você e Deus podem presenciar. O sacrifício do Eu.
Mas nós, os cristãos acrescentamos tantas coisas ao evangelho com o passar dos tempos, que ha muito tempo ele deixou de ser puro e simples!
Lembro-me das passagens do novo testamento onde Jesus caminhava descalço a ensinar para as multidões e hoje os pastores vestem ternos de milhares de Reais.
Lembro-me das passagens do novo testamento onde Jesus alimentava multidões operando milagres com SEU poder multiplicando pães e peixes e hoje os líderes disputam qual igreja tem operacionalidade maior de milagres.
Lembro-me das passagens do novo testamento onde Jesus desfazia mitos em nome do amor e hoje vejo pastores dizendo que seu suor é sagrado.
Lembro-me das passagens do novo testamento onde Jesus expulsava os mercadores do Templo e hoje os mercadores mantêm as igrejas.
Lembro-me das passagens do novo testamento onde Jesus dizia para não ajuntarmos tesouros na Terra e hoje o que mais faz sucesso entre os cristãos é a tal teologia da prosperidade.
Lembro-me dos testemunhos onde nossos irmãos da Igreja Primitiva cultuavam em catatumbas para não serem descobertos e consequentemente mortos e hoje não quermos sair dos templos, só para ficarmos no conforto do ar condicionado.

Analisando alguns destes pontos posso concluir que de tantas futilidades atreladas ao Evangelho, o que na verdade era legítimo em sua simplicidade se tornou genérico em nossas superficialidades.

Aquele Abraço!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Evangelho é gratuito, mas pode lhe custar a vida

Li esta frase em uma leitura que estou fazendo de uma das melhores parcerias academico-teológicas que já vi! Norman Geisler e Frank Turek juntos escrevem o sensacional "Não tenho fé suficiente para ser ateu".
Nesta obra, Turek e Geisler usam o caminho da verdade científica, provar o valor do Teísmo e suas premissas como verdadeiras, trazendo para bem próximo a lei da não contradição de Aristóteles que diz que algo não pode ser e não ser a mesma coisa ao mesmo tempo. Gostei disto porque é um argumento anti pós moderno e legitima a verdade de Jesus Cristo como única.
Os autores citam tal frase no momento em que afirmam que muitas vezes não adianta provar algo para alguém, se o mesmo não quer acreditar em tal afirmação. É o chamado volitismo. Deus deseja que sejamos racionais e não volitistas, pois podemos o ser para ambos os lados. Posso ser ateu e ter todas as bases do evangelho comprovadas, mas optar em ser ateu por volitismo, simplesmente porque quero. Assim também como posso ser "crente" apenas por que quero, mas em Romanos 12:2 diz que devemos transformar a nossa mente, o nosso raciocínio. Muitas vezes quando vemos alguém novo na fé, podemos observar que o mesmo tem a necessidade de mudar seus hábitos exteriores, e sua maior dificuldade é mudar seu interior. Mas quando fazemos o sentido contrário, ou seja, da mente para o corpo, todas as mudanças são consequentes. É importante observar, como vemos novos na fé com 30 anos de "igreja".
Para falar da gratuidade do Evangelho, não preciso ir longe, vou bem perto de você de mim. Quem deveria estar lá na cruz, éramos nós, você e eu e não Jesus. Mas o que mais ouvimos dizer quando se fala de sentimento é que Amor não se compra! Bela máxima, mas por amor O Pai nos comprou, como afirma o versículo áureo do Evangelho em João 3:16 Que Diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Amor gratuito oferecido pelo Pai a toda Humanidade. Mais uma vez eu me valho da máxima: Amor não se compra. Deus nos deu Jesus, sua maior prova de amor. Lá em Isaías 53:5 já era confirmado o que Jesus faria por nós: "Mas ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,e pela suas pisaduras fomos sarados". Ou seja neste versículo o profeta afirma que aquilo que nos prenderia, ou seja, nossas transgressões, foram castigadas nele nos trazendo paz.
Muito bom é saber que Jesus fez tudo isso por nós, sem cobrar nada, apenas por amor, apenas pela beleza de sua infinita misericórdia.
Creio que como Igreja deste Salvador, temos a necessidade de divulgar tal história, tal evento que uma vez conhecido por alguém, sua vida jamais será a mesma. Paulo e um enorme número de pessoas lá nos primórdios do Evangelho tomaram sobre si tal responsabilidade e é aí que eu quero chegar!
Jesus já havia avisado em Mateus 16:25, que quem quiser salvar sua vida perdê -la- a. E isto é uma grande verdade, não temos como negar!
Na época da Igreja Primitiva, os Cristãos eram sinônimo de Caça. Perdiam sua vida como um animal qualquer, por declarar que Jesus é o Senhor. Os Heróis da fé, muitos deles foram crucificados como Jesus, perseguidos até a morte e apedrejados. Cultuavam em catatumbas e mesmo assim amavam a Jesus e por incrível que pareça, apesar de toda luta, eram felizes por servirem a cristo e conhecerem seu ideal.
E lá em Filipenses, Paulo afirmou que para ele, morrer seria lucro!
Meus amigos, quem hoje seria capaz de dizer isso por Jesus? Quem de nós afirmaria que seu viver é Cristo, e que morrer é lucro?
Pós modernidade, a era do Ego inflado, o eu, o ser humano como universo "egocentricamente" particular, sem desejo algum de compartilhar algo com alguém.
Servir a Cristo, é deixar você mesmo como último plano, suas vontades, seus sonhos, seus desejos, sua carne que te mata a cada dia...
O morrer de Paulo trazido a nossa conteporanedade, não é mais o morrer físico, é o seu morrer carnal, individual! Preciso morrer para mim mesmo! Como posso ser templo do espírito Santo, se o único deus que habita em mim sou eu mesmo?
Devemos ser loucos como Paulo e seus amigos...Andar na contra-mão, e andar na contra mão é saber que certamente haverá um ou mais choques, é verdadeiramente bater de frente com tudo que você já viveu até hoje! É pregar a si mesmo na cruz.
Como poderemos ser um canal do fluir de Deus se estamos obstruídos por nós mesmos?
Por isso digo que tal frase, não é meramente clichê, mas uma rica e dolorosa verdade...
O Evangelho é gratuito, mas pode lhe custar a vida!

Aquele Abraço

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Reino de Deus em franca expansão

Ai meu Deus do céu!
Acho que não existe frase mais expansiva e abrangente que essa.
Afirmo isso, pois todo ser humano é um universo particular, Deus é Deus e o céu é o limite!
Para argumentar sobre o título, uso o grito do mais profundo de minhas entranhas quando vejo o Deus abrangente e expansivo do céu emparedado dentro das Igrejas!
Quem foi que disse que Deus só age dentro das Igrejas nos cultos de Domingo? Quem te contou que as organizações eclesiásticas também organizam o agir de Deus?
Eu não aguento mais estar todos os Domingos nos templos admirando as mesmas faces.
Realizamos congressos, acampamentos, cultos de aniversários de departamentos,ministérios e organizações da Igreja e vemos isso como as atividades mais importantes de nossa vida cristã.
Ensaiamos músicas, encenações, participações diversas...Para quem?
Quem além de nós mesmos assiste tudo isso? Enchemos nossos pulmões de ar e o soltamos em alta voz dizendo: Glória a Deus!Isso tudo é para ele!
Acho que nessa hora Ele ri da nossa cara e pergunta: Pra mim?
A graça que eu concedo à vocês é tão boa, tão transformadora. regeneradora que vocês não querem dividir!
Se minha postura é reprovável me sinalizem, pois é triste ver a agência do reino de Deus se transformando em um clube social. Uma sociedade em que um analisa o outro moralmente, finaceiramente,sentimentalmente e a partir da performance do indivíduo dentro de cada uma destas" habilidades", podemos mensurar sua intimidade com Deus!
Chega!
Não enxergo Jesus vivendo assim. Não enxergo Jesus pregando entre quatro paredes...Meus amigos, como é que iremos pregar o evangelho para toda criatura se não saímos de dentro de nossas congregações, se só nos preocupamos sobre que tipo de opinião a "igreja" terá sobre determinado assunto ou outro tocado na assembléia?
Precisamos expandir!Precisamos alcançar vidas!
Enquanto estou aqui registrando minha insatisfação, alguém poderia estar ouvindo a palavra de Deus!(e eu continuo aqui)
Não me conformo com a Instituição, mas também não a abandono. Entendo que podemos melhorar, precisamos melhorar!
A criação geme pela nossa manifestação, mas creio que anteriormente a isto, precisamos nos sentir parte deste reino para podermos nos manisfestar com propriedade!
Estamos aqui para isso!