terça-feira, 13 de outubro de 2009

Verdades?

Escrever é um exercício do pensar. Faz tempo que não escrevo, mas isso não quer dizer que tenho pensado pouco, mas justamente pelo contrário, ando pensando demais e por isso precisei de determindao tempo para arrumar tais devaneios.
Minha última publicação traz um conteúdo um tanto quanto resolutivo de uma crise. O título é sugestivo, fala sobre crise e naufrágio, trazendo intercessões entre minha vida e a de um personagem chamado Chuck Nollands, o Náufrago. Durante todo o texto comparo minha crise com a história relatada no filme, afirmando que não sabemos o que a maré pode nos trazer.
De uns meses para cá, comecei a ler alguns autores adeptos do Teísmo, como C.S. Lewis, Ed René Kivitz entre outros. Identifiquei-me com algumas premissas, posso até afirmar para você, que dizer que um estupro de uma inocente numa esquina de São Paulo, não pode ser atribuída a vontade de Deus, pois assim o mesmo retiraria a culpa do criminoso. Mas também creio que Deus não está sentado em trono distante e omisso a ponto de não impedir que nada disso ocorra e ao mesmo tempo, não retiro do ser humano a parcela de culpa pelos males que permeam nossa sociedade mediante nosso livre arbítrio dado pelo Criador.
Depois de algumas meditações e vivências neste tema, pude perceber que coisas ruins acontecem a pessoas "boas". Doenças, desemprego, divórcio, acidentes e todos os tipos de males que afetam a humanidade, também podem atigir a nós (filhos de Deus). Dentro desta análise pude compreender que é preciso realmente entender aquilo que o Mestre disse: "No mundo tereis aflições..." Ele avisou! Bobo é quem se auto denomina Príncipe e Princesa...Somos todos filhos de Deus. Todos! A diferença está em quem caminha ou não com Ele.
Quando se caminha com Deus, ainda que não se veja a finalidade, você sabe que ela existe, sabe que Ele está com você, e por isso confia e assim descansa, e não toma atitudes desesperadas, pois só as toma, que não tem esperança, pois esperança e desepero, cada um a seu país são estrangeiros um do outro. Por isso digo que Deus não é omisso, pois não dá para ser omisso e andar junto contigo. Devemos concordar. Ele também é justo, não atribuindo a si a culpa do estupro, pois por mais doente que o estuprador seja, ele precisa ser julgado, sendo assim, mais uma vez digo que Deus não é omisso. Deus também não pode pagar, por algo de minha natureza, ou seja a liberdade, e mais vez digo que ele não é omisso, pois Ele nos diz o que é certo ou errado.Ou você não sabe distinguir isso, mesmo sem nunca ter lido a Bíblia?
Crendo desta forma, afirmo que estamos sob um propósito tremendo. E que mesmo sem saber o que vem pela frente, mesmo com a visão turva, mesmo com os pensamentos emaranhados, sei que existe um Deus que raciocina, um Deus que me respeita, um Deus que me conhece e se relaciona comigo. O melhor de tudo isso é saber que ele não trata a humanidade como seu brinquedos. Deus me deixa duvidar até mesmo de sua existência, por várias e várias vezes. Isso é que me fascina Nele, pois seria muito fácil fazer aquilo que é bom para cada um, ou até mesmo eliminar o mal do meio da humanidade se é tão poderoso quanto dizes. Mas se tudo está assim, é porque nós mesmos criamos tal pano de fundo. Afinal, nenhuma guerra, nenhuma intolerância é mandamento de Deus, mas fruto da mentalidade e pequenês humana. Então se Deus eliminasse tudo isso, varreria também a humanidade, pois mesmo em um mundo pluralista, pós- moderno etc, no final das contas continuamos absolutos em nossas crenças até quando afirmamos que nenhuma crença é boa, estamos embasados em alguma.
Ou seja, precisamos reconstruir a ética, resignificar algumas Instituições e apontar a direção para um caminho menos perigoso e perder menos tempo procurando de quem é a culpa, mas buscando soluções mais cabíveis ao nosso Ser Humano, á nossa vontade e a vontade Dele.