quinta-feira, 9 de abril de 2009

Crises II

Demorei um tempo entre um artigo e este propositalmente. No último escrevi sobre crises, e hoje volto a escrever sobre o mesmo tema. Quero abordar agora sobre uma crítica que recebi a respeito de minha fé. Andei estudando sobre a mesma, e procurei encontrar alguém que pensasse a fé diferentemente de mim. Encontrei! Mas não me satisfizeram. Encontrei conceitos de fé, nada mais que místicos ou até mesmo sem fundamento algum a luz da palavra de Deus. Mas não posso negar que durante muitos anos de minha vida cristã, eu pensava como estes teóricos. Acreditava que a fé seria algo que de acordo com a força que eu a exercesse, a mesma faria com que um Deus cheio de má vontade, de seu trono longínquo, estenderia a sua mão para me abençoar depois de muita insistência de minha parte. Devido a este tipo de conceito, encontramos os mais variados tipos de correntes, desde os que pedem libertação até os que abençoam empresários para que não submerjam devido a crise mundial. Pode?
Se pode eu não sei, sei que estão por aí, divulgamdo o conceito mais superficial de fé que eu já vi.
Nestes dias de crise, que ainda passo, pude perceber que a minha fé é algo mais sublime que tudo isso. Entendi que como diz no Salmo 23, eu posso estar no vale da sombra da morte, mas Ele, não está lá no céu me olhando de longe, mas caminha por ele comigo. Os discípulos que estavam no barco com Jesus em meio a tempestade, não entederam isso, e quiseram o acordar. Jesus os advertiu dizendo: Homens de pequena fé! Moisés reclamou dizendo ao Senhor que Ele o havia mandado subir com o povo, mas não lhe disse quem iria com ele. O Senhor lhe respondeu dizendo: A minha presença subirá contigo e lhe darei descanso". Moisés ali reconheceu que companhia melhor o Senhor não poderia lhe dar e afirmou que se a Presença do Senhor realmente não fosse com ele, que não o fizesse subir.
Queridos, pude concluir, que o Pai sempre está conosco, caminha junto e que nada melhor que isso poderia acontecer. Diante disso a nós basta confiar no caráter de Deus, que o mesmo cuida de nós e que suas inteções é de nos dar o melhor.
Mesmo assim, ainda me encontro ansioso, e a minha maior luta é crucificar este meu Eu, o Paulo ansioso que resolve tudo sozinho e que quando se encontra numa encruzilhada, é incapaz de se meter numa corrente com propósitos, e ao mesmo sabendo que Deus está comigo no deserto, ou no vale da sombra da morte, muitas vezes quero caminhar na frente dele, e ele quer caminhar lado a lado comigo.
Entender, eu entendo tudo, mas na prática a teoria é outra.
Deve ser por isso que ainda não sai do deserto, pois até para sair, é preciso saber caminhar. Tenho que entender que o deserto é uma prova, e que se eu não souber resolver as questões por ele propostas, terei que refaze-las, assim como o povo de Israel que a fez por 40 anos.
O meu desejo não é sair agora, mas sair preparado para o próximo deserto, e supera-lo de graça em graça.